segunda-feira, 30 de abril de 2012

Em apuros...


Em apuros...


Uma conversa telefônica entre duas amigas.
                                                                 
Feriado, ótimo dia para o descanso....

Fátima é acordada com o toque do telefone, olha para o relógio e verifica que é super cedo, 7 horas, estica o braço e atende:
- Alô?
- Meu Deus! Me ajude!
- Quem fala?
- Sou eu Lú.
- Lú! Está acontecendo alguma coisa? Sua voz está tremula....
- Está acontecendo sim, estou apavorada.
- Respira fundo, se acalme e comece a contar devagar.
- Então, estava dormindo e acordei com a campainha tocando, me levantei e fui para o banheiro, escovei os dentes e quando terminava de lavar o rosto a campainha começou tocar sem parar, ame apressei para atender a porta....
- Lú, por que não atendeu logo na primeira vez que tocou?
- Porque pensei que era o Alexandre, filho da vizinha, que adora aprontar.
- Ah tá...Continue que quem está ficando nervosa sou eu!
- Onde parei mesmo?
- Correu atender a porta...
- Isso, quando abri, irritada com a campainha que não parava, nem perguntei quem era....
- E quem era?
- Era uma mulher que nunca vi, estendida no tapete da porta.
- E aí? O que você fez?
- E essa campainha que não para de tocar, perco o raciocínio....
- Lú, você tocou na mulher? Olhou se havia alguém por perto?
- Fátima, uma pergunta de cada vez, estou confusa....
- Tudo bem, então termine.
- Pensei que ela estava desacordada, me abaixei, mas quando segurei seu pulso, percebi que sua mão estava gelada, larguei tudo, fechei a porta e pensei em ligar para o SAMU; policia; bombeiro; mas o único número que me veio à mente foi o seu.
- Lú, você deixou a defunta sozinha?
- Fátima, ela não precisa mais de companhia, eu toda atrapalhada, apavorada e essa campainha disparada, minha cabeça vai estourar...
- Liga para a policia, vou me arrumar e estou indo para sua casa, mantenha-se calma.
- Venha logo, por favor...
- Estou indo tem quase 15 minutos que estamos conversando e a defunta em sua porta sozinha.
Quando cheguei à casa de Fátima, parecia cena de filme, policiais, fotógrafos, IML...Corri os olhos por entre o tumulto e encontrei minha amiga sentada no sofá, quando me aproximei, ela me abraçou  e entre lágrimas disse que a mulher era uma revendedora de bíblias e que veio a falecer, vitima de grande choque que veio da minha campainha.
E a campainha ainda tocava sem parar...

Um comentário: